
É assim que age a direita, seja venezuelana ou brasileira. Não aceita nenhum tipo de resultado das urnas a não ser a vitória e ainda por cima se intitulam democratas. No caso da Venezuela, já se sabia que a direita havia perdido força com as provocações nas ruas. Agora, depois da derrota eleitoral, só lhe resta o apoio internacional que passa pelo governo de Donald Trump e de outros que se dobram vergonhosamente às pressões, como no caso do ilegítimo Michel Temer, que procura se apresentar como democrata, mesmo com as evidências do golpe que o levou a ocupar o governo.
Nos dias atuais as evidências ficam ainda mais claras sobre o que aconteceu no Brasil. Segundo o doleiro Lúcio Funaro, o meliante Eduardo Cunha recebeu dinheiro para pagar os parlamentares apoiadores do impeachment e assim sucessivamente. É o caso de perguntar o que têm a dizer os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF). Michel Temer faz de tudo para não ser obrigado a abandonar o cargo por 180 dias e ser investigado pelo STF. Para tanto diz qualquer coisa, até que está sendo vítima de uma conspiração. Temer omite o fato que só ocupa o cargo atual porque conspirou contra a presidenta eleita Dilma Rousseff, inclusive com o apoio do Departamento de Estado norte-americano.
Os fatos atuais demonstram que os golpistas brasileiros e a oposição venezuelana adotam os mesmos critérios de ação, ou seja, a mentira e a manipulação da informação que desenvolve diariamente a mídia comercial. No Brasil, os golpistas se desentendem quanto ao fato de seguir ou não apoiando Temer. O esquema Globo que o diga.
E assim caminham os políticos que se denominam democratas e ao mesmo tempo não aceitam o resultado adverso das urnas. No Brasil, para seguirem adiante no retrocesso são capazes de tudo, inclusive o governo ilegítimo fazer mais e mais concessões para as bancadas que o apoiam, como o setor ruralista. Em mais uma pouca vergonha, como se não bastassem as outras, o governo golpista decide até facilitar a vida de escravocratas.
E pelo andar da carruagem golpista não será nenhuma surpresa se outras medidas extremas de retrocesso social forem adotadas. Como o atual governo ilegítimo tudo é possível para facilitar a vida da bancada ruralista e do setor bancário e com isso seguir ocupando o governo.
Edição: Vivian Virissimo
Brasil de Fato